Literatura


Aula: Introdução ao estudo da literatura

Literatura é a arte da palavra, é a forma de expressar por escrito todo o processo histórico-social do momento, com muitos efeitos especiais.
Escritores buscam transmitir no texto sua visão da realidade com muita emoção.

“Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar ou cantar coisas, não como foram, mas como deveriam ter sido; enquanto o historiador deve relatá-las, não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja.”
( Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha)

“Se a missão do romancista fosse copiar os fatos, tais quais eles se dão na vida, a arte era uma coisa inútil; a memória substituiria a imaginação.”
( Machado de Assis )


A forma de escrever um texto não possui regras fixas. O autor manipula as palavras de modo a explorar a intelectualidade dos leitores, que podem dar diferentes interpretações, dependendo de sua formação cultural.

Os gêneros literários são:
Lírico; - Poesia Lírica
Dramático; - Teatro
  • Tragédia
  • Comédia
Épico. - Narrativas - Prosa de ficção
  • Poemas Épicos – Epopeias
    Século XVIII
  • Romance
  • Novela
  • Conto
  • Crônica
  • Ensaio
A literatura surgiu na Grécia, por volta do século VIII a.C. Com o poeta Homero, que a ele foram atribuídas as epopeias: Ilíada e Odisseia.

Na Grécia antiga a literatura que mais se destacou foi o teatro, o gênero dramático, cujas tragédias e comédias são conhecidas até hoje, e são clássicos da literatura mundial.
 
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Trovadorismo
Introdução
 
Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
Marco inicial 
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

Trovadores 
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.