terça-feira, 28 de junho de 2011

Romance segundo Massaud Moisés em A Criação Literária

CONTEXTO HISTÓRICO
"O romance surge, como o entendemos hoje em dia, nos meados do século XVIII: aparece com o Romantismo.[...] Como decorrência, a epopeia, considerada, na linha da tradição aristotélica, a mais elevada expressão de arte, cede lugar a uma fôrma burguesa: o romance.[...]  O romance passa a representar o papel antes destinado à epopéia, e objetiva o mesmo alvo: constituir-se no espelho de um povo, a imagem fiel duma sociedade."

"Servindo à burguesia em ascensão, com a revolução industrial inglesa, na segunda metade do século XVIII, o romance tornou-se o porta-voz de suas ambições, desejos, veleidades, e, ao mesmo tempo, ópio sedativo ou fuga da mesmice cotidiana. Entretendimento, ludo, passatempo duma classe que inventou o lema de que "tempo é dinheiro", o romance traduz o bem-estar e o conforto financeiro de pessoas que remuneram o trabalho do escritor no pressuposto de que a sua função consiste em deleitá-las."

"Na verdade, o romance romântico estruturava-se em duas camadas: na primeira, oferecia-se uma imagem otimista, cor-de-rosa, formada do encontro entre duas personagens para realizar o desígnio maior segundo os preceitos em voga, o casamento; apresentava-se aos burgueses a imagem do que pretendiam ser, do que sonhavam ser, e não do que eram efetivamente, correspondente à que faziam de si próprios, mercê da inconsciência e parcialidade com que divisavam o mundo e os homens. Na outra camada, entranhava-se uma crítica ao sistema, algumas vezes sutil e implícita, quando não involuntária, outras vezes declarada e violenta: compare-se, por exemplo, a idealizada e idealista concepção alencariana do indígena com a visão "realista" de Bernardo Guimarães, expressa em O índio Afonso (1873).
O romance aparece, pois, no século XVIII, na Inglaterra, identificado com a revolução romântica. A História de Tom Jones (1749), de Henry Fielding, tem sido considerada a obra introdutora do novo subgênero."
"E de Proust nasce a revolução deflagrada no romance moderno. Gide, seu coetâneo, alarga as conquistas da sondagem interior com a "disponibilidade psicológica", que empresta não só às personagens, mas ao romance como um todo, um halo de verossimilhança existencial. Consiste no desaparecimento da noção de causa-e-efeito no comportamento da personagem, que age dum modo aqui e agora, e doutro modo mais adiante e em hora diferente, sempre disponível psicologicamente para o que der e vier. Não se pode prever como agirá, porque nem ela o sabe, tampouco os leitores. A permanente improvisação conduz a intriga para um aparente beco sem saída. O resultado é uma aproximação cada vez maior com a vida, anseio perene do romance desde o seu nascimento. Ou, se se preferir, um sequioso desejo de espelhar a vida transfundida em arte. E todos nós sabemos como não há lógica entre os acontecimentos que compõem o dia-a-dia. Só o esforço da razão, que organiza, ordena e classifica, é capaz de unidade. A vida, não. Assim, à proporção que se avizinha da vida, o romance perde terreno e identidade. Paradoxalmente, sua grande ambição- ser vida- é seu mal. Narrando a vida do herói durante 24 horas"

"O romance, graças ao papel que representa desde o Romantismo, é a fôrma literária que mais agudamente testemunha a metamorfose verificada nas atividades artísticas modernas.
Em Portugal, o romance aparece em meados do século XIX, acompanhando a tardia aceitação do gosto romântico, apesar da tentativa bem estruturada do poemaCamões (1825), de GarreU. Este, Herculano e outros cultivaram a narrativa histórica à Walter ScoU, ao passo que Camilo Castelo Branco, praticando a novela em suas diversas modalidades, e o romance da sátira naturalista, tornou-se a principal figura da prosa romântica
Também no Brasil o romance chegou tardiamente, e não raro mesclado de expedientes novelescos: só com Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha, 1844) começa de vez o seu cultivo entre nós, mas é com José de Alencar (OGuarani, 1857) que passa a ser largamente cultivado.
Com o Realismo, o romance vive um período de grandeza indiscutível, com Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa, Domingos Olímpio, Raul Pompéia, Coelho Neto e outros, mas ainda sob o influxo de correntes européias.
 
A partir de 1930, vêm surgindo alguns nomes de primeira categoria, dentro e fora das fronteiras do País: JorgeAmado, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Octávio de Faria, Lúcio Carqoso, Clarice Lispector, José Geraldo Vieira, Cornélio Pena, Guimarães Rosa, Osman Lins, Adonias Filho, Autran Dourado e outros."

CONCEITO E ESTRTUTURA 
Vimos que o romance e a epopeia apresentam afinidades, decorrentes de procurarem edificar uma visão totalizante do Universo. Nos dias que correm, o primeiro substitui a segunda, mas trata-se de uma substituição recente: data de mais ou menos 200 anos, contemporaneamente ao advento do Romantismo, que lhe conferiu estrutura, função e sentido dentro das sociedades modernas.
O romancista obedece aos limites do universo da narrativa, seja qual for a magnitude do espaço abrangido e seja qual for a técnica empregada. A verossimilhança interna, entendida como a coerência entre as partes constitutivas do romance, há de ser preservada: todo o complexo lingüístico que ali se engendra é determinado pelas premissas sobre que a narrativa se monta, nas quais se inclui o emprego de expedientes vedados às demais modalidades expressivas, como o andamento desacelerado da narrativa, o monólogo interior, etc.
Em segundo lugar, o romance encerra uma visão macroscópica da realidade, em que o narrador procura abarcar o máximo, em amplitude e profundidade, com as antenas da intuição, observação e fantasia. Seu anseio mais íntimo consiste em captar todas as formas do mundo, todas as facetas das coisas, todas as reverberações das trocas sociais: convicto de haver uma interação conduzindo os seres e os objetos, busca detectá-la e transfundi-la num palco imaginário. De onde convergir para o romance o produto das outras formas de conhecimento: a História, a Psicologia, a Filosofia, a Política, a Economia, as Artes, etc., colaboram para a reconstituição do mundo que se realiza na esfera romanesca. Daí que se possa encarar o romance do ponto de vista histórico, psicológico, filosófico, político, econômico, estético, etc.
" O cenário romanesco flutua a cada leitor e a cada leitura."
AÇÃO
"Assim como a novela, o romance apresenta pluralidade dramática, uma série de dramas, conflitos ou células dramáticas. Em princípio, não há limite para os núcleos dramáticos que podem compor a ação dum romance. Ao ficcionista, cabe selecionar os que possuem a virtualidade de se organizar harmonicamente."
No decorrer destas observações iremos anotando que, paradoxalmente, o romance é mais limitado que a novela em matéria de volume de núcleos narrativos. Adiantemos apenas dois pormenores, por si sós elucidativos: 
 
1) é impensável uma novela com dois núcleos dramáticos, ao passo que um romance como A
Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector, passa-se em dois registros, constituindo as duas vertentes condutoras do romance, uma, a do presente da ação, a outra, a das reminiscências da narradora; 
 
2) toda novela pode, em hipótese, continuar depois da última aventura, visto haver sempre uma possibilidade franqueada à imaginação do autor. O romance por sua vez, termina com a derradeira linha: enquanto este constitui, no seu todo, um espaço aberto, em comunicação com a vida, numa continuidade que tende a borrar as diferenças de grau e sentido entre ambos, a novela descerra-se para si própria, numa linearidade introjetada, como se nada tivesse com
a vida, onde as coisas acabam. 
 
Compreende-se, assim, por que o romance não é ilimitado quanto às células dramáticas: seja qual for o seu número, o autor as trata segundo a natureza de cada uma, dispondo-as em Níveis próprios. 

ESPAÇO 
 
"O lugar dos acontecimentos vincula-se intimamente ao anterior: o romance caracteriza-se pela pluralidade geográfica na prática, vê-se limitado pela escolha do tema e do modo como o desenrolaNum extremo, pode fazer que as personagens viajem constantemente, e noutro, que fiquem encerradas numa casa e mesmo num só cômodo. Dentro dessas fronteiras, caminha à vontade."

TEMPO
Hans Meyerhoff, no seu livro acerca do tempo na Literatura, começa afirmando que o "tempo, como Kant e outros têm observado, é o modo mais característico de nossa experiência."Mas, que é o tempo? Para o exame do conto e da novela, não foi preciso colocar a questão, seja porque o tempo ali obedece quase sempre a um esquema único, o do calendário.
  O romance, que suscita, como nenhuma outra forma de arte, o problema do tempo. por quê? Porque o romancista, mais do que o dramaturgo, "é senhor do espaço e do tempo em que a própria vida humana se realiza”
Por outras palavras: o romancista pode acompanhar as personagens desde o nascimento até a morte, detendo-se nos aspectos que julgar relevantes para a narrativa; abranger 8 ou 80 anos da vida de suas personagens, sem outra restrição que a imposta pela coerência interna da obra. Como verdadeiro demiurgo, cria personagens e o tempo de que necessitam para realizar-se e convencernos, à semelhança dos seres vivos. E arquiteta o tempo à sua maneira, com o objetivo de produzir humanidade no interior do romance.
É voz corrente entre os críticos que um romance, para ser bom, deve satisfazer a três requisitos fundamentais: 
1) um enredo suficientemente rico, forte e convincente para manter no leitor a mesma pergunta aflita: "e agora? que vai acontecer? e depois?"; 
2) personagens verossímeis à imagem e semelhança dos seres humanos, "gente" como nós, mas substancialmente diferentes porque "podem" existir e "parecem" existir sem jamais deixar esse mundo de potencialidade que é o romance em que "vivem" encarceradas e, se existissem como tais, de duas uma: ou as personagens deixariam de valer como tais por se tornarem "reais", pois não é a realidade cotidiana que se espelha na obra, ou a pessoa viva seria tão inverossímil que logo a diríamos' 'personagens de romance";

3) reconstituição da natureza ou do espaço onde a história transcorre. O último requisito tem menos importância que os outros dois, porque, às vezes, pode estar ausente sem prejudicar o conjunto.
Restaria acrescentar a essas três categorias literárias a quarta dimensão posta em evidência em nossos dias: o tempo. O romancista cria enredo, personagens, espaço e tempo. Este, identificado com as personagens, é categoria fundamental: o caráter demiúrgico do romancista se exerce e se revela na criação do tempo, que é tudo ou impregna tudo na obra, ou é nada, impalpável como um "dado imediato da consciência". É o tempo, afinal de contas, que o romancista diligencia criar ou apreender, por meio dos outros componentes romanescos (a história, os protagonistas, a natureza), que seriam a sua concretização. Da mesma forma que o tempo histórico é marcado pelos "monumentos" (catedrais, palácios, esculturas, pinturas, estratos geológicos, etc.), assim também o tempo no romance se manifesta naqueles ingredientes, numa harmonia específica. Mas, por isso mesmo, ostenta um contorno complexo e dinâmico, em razão de oferecer uma série de ângulos e de possibilidades para o ficcionista.
Comecemos por sublinhar a existência de três modalidades
básicas de tempo:
1) o histórico;
2) o psicológico;
3) o metafísico, ou mítico.
O primeiro obedece ao ritmo do relógio, consoante às mudanças regulares operadas no âmbito da Natureza e empiricamente perceptíveis: a alternância da noite e do dia, o fluxo-refluxo das marés, as estações, o movimento do sol, etc. 
O tempo psicológico, varia, pois, em cada um de nós e de um para outro. Também sabemos, por experiência própria, que duas pessoassentem de modo diverso o mesmo objeto, e por isso guardam dele impressões por vezes opostas.
O tempo metafísico, ou Mítico, é o tempo do ser. Acima ou fora do tempo histórico ou do tempo psicológico, embora possa neles inserir-se ou por meio deles revelar-se,. é' o tempo ontológico por excelência, anterior à História e à Consciência, identificado com o Cosmos ou a Natureza. Tempo coletivo, transindividual, tempo da Humanidade quando era um só corpo fundido às coisas do Mundo, tempo reversível em circularidade perene, tempo primordial, originário, sempre idêntico, tempo dos arquétipos (Jung), concretizado na recorrência dos ritos e das festas sagradas, quando se torna presente para o homem desejoso de retomar contato com o momento das origens; tempo sagrado, eterno, sem começo nem fim.
Tempo e espaço são, como se observa, categorias fundamentais do discurso romanesco. Durante um longo período, a crítica literária, refletindo uma tendência generalizada neste século, dedicou-se com mais afinco à primeira. Até que, de uns anos para cá, o espaço começasse a atrair os estudiosos.
A outra: a noção de tempo implica a de espaço, e vice-versa, todo espaço se vincula ao tempo que nele transcorre."

PERSONAGENS
Entendamos, inicialmente, o que vêm a ser personagens de romance: "pessoas" que vivem dramas e situações, à imagem e semelhança do ser humano, "representações", "ilusões", "sugestões", "ficções", "máscaras", de onde "personagens" (do lat.persona, máscara). Via de regra, só "gente" pode ser personagem de romance.
O número de personagens no romance varia de obra para obra, mas o ficcionista pode livremente povoar a narrativa duma série delas ou reduzi-las ao mínimo essencial para haver conflitos desencadeadores da ação.
Na verdade, porém, essas personagens não se colocam no mesmo plano, ou quando isso acontece, não são realmente iguais: dois protagonistas podem ser contrários como personagens, pouco importando que se pareçam pelo fato de agirem com igual relevo no corpo da narrativa; assemelham-se pela ação mas diferem na personalidade. Este fato sugere que classifiquemos as personagens independentemente da importância que assumem no conjunto da história. Podem ser planas ou bidimensionais, e redondas ou tridimensionais.
  • Planas ou Bidimensionais
Trata-se de personagens destituídas de profundidade (psicológica, dramática, etc.) e caracterizadas por uma qualidade, defeito, faculdade ou característica. Sendo, como são, criaturas em quem se processa o exagero duma tendência particular, podem ser chamadas de tipos ou de caricaturas, conforme se trate de personagens universais ou regionais.

  •  Redondas ou Tridimensionais

Por sua vez, as personagens redondas têm profundidade e revelam-se por uma série de características, ao contrário das planas, identificadas pelo desenvolvimento excessivo de uma virtude ou de um vício. Dinâmicas, as coisas se passamd e n t ro delas e nãoa elas; por isso surpreendem o leitor pela "disponibilidade" psicológica, semelhante à dos seres vivos. Enquanto "a composição [da personagemplana] é sem dúvida mais deliberada, se não mais consciente, ao menos mais metódica", como" o resultado duma construção racional, lógica", a personagemred o n d a ' 'parece formada pelo interior", faz "figura de ser singular, concreto" e "fruto duma visão global, dumélan impulsivo onde a sensibilidade e suas intuições ocupam grande parte". Por outro lado, a personagemplana depende do ambiente para adquirir individualidade, ainda assim relativa; moldada pelo ambiente social em que vive, dela recebe "sua linguagem, seus gestos, seu porte, seus hábitos, e mesmo seus modos de pensar e de sentir" 
Por isso, a personagem redonda é ela própria e mais ninguém, precisamente como os seres vivos o são ou podem ser, graças ao nome, ao aspecto físico, à voz, etc. Mas, sendo tão carregada de humanidade, a personagem redonda não raro se transforma em símbolo, símbolo duma "possibilidade" humana por momentos elevada à sua dimensão mais alta. 

Assim, podia-se esboçar a seguinte tipologia das personagens: 
 
1) quanto à sua proeminência no desenrolar da narrativa:
a) protagonistas;
b) antagonistas; 
c) deuteragonistas.

2) quanto à sua universalidade:
a) personagens planas;
b) personagens redondas. 
 
3) quanto à sua simbologia:
a) tipos;  b) caricaturas;   c) caracteres;  d) símbolos.
Três são os mecanismos utilizados pelos ficcionistas na composição do romance, seja na sua estrutura, no desenvolvimento da ação, na descrição da natureza, seja na criação das personagens: a memória, a observação e a imaginação (ou projeção do "eu" do autor). A memória já foi lembrada reiteradas vezes quando estudamos o tempo no romance.

LINGUAGEM
A linguagem, entendida como o emprego de um vocabulário em suas categorias morfológicas, sintáticas e semânticas, constitui importante capítulo de toda obra literária, incluindo o romance. Na verdade, um "romance de certa classe é por princípio um romance bem feito e bem escrito
O romance recria mas não reproduz o mundo, através duma linguagem que recria mas não reproduz o falar cotidiano. Assim, o ficcionista deturpa a realidade artística quando pretende escrever como fala, da mesma forma que se procurasse falar como escreve.
 
Os principais expedientes romanescos- diálogo, narração, descrição, dissertação - espelham essa discrepância entre linguagem falada e escrita artística, pois "a mesma distância que separa a vida criada pelo romance da vida real aparece entre a escrita e a linguagem, e podia-se a rigor definir a primeira como sendo a transposição do segundo"
No romance, o diálogo assume o papel rele.vante que representa no conto, mas com características novas e únicas. Dotado das funções de mola mestra expressiva, "certamente o diálogo dos romances não é conversa de todos os dias. O escritor realiza sua tarefa substituindo palavras e frases inexatas, removendo repetições, e estabelecendo-lhe as características sem prolixidade ou os recuos e depressões observáveis em quase toda conversa real". Por isso, para atingir onatural no diálogo, o romancista tem de dar a ilusão de aflorar a naturalidade da vida, sem comprometer a naturalidade da própria arte.

TRAMA
Passemos ao exame da trama no romance. A divisão em romance linear e romance vertical, ou romance de tempo histórico e romance de tempo psicológico, que empregamos neste livro, baseia-se, entre outras coisas, na freqüência e importância assumida pelo enredo no corpo do romance. No romance linear e no de tempo histórico prevalece o enredo; o episódio sobrepõe-se à análise. Por isso, Nelly Cormeau chama-o de romance progressivo. Assim, o romance romântico, o realista e naturalista, e o moderno de feição tradicional exploram principahnente a ação das personagens, em detrimento da investigação em sua psicologia profunda.

COMPOSIÇÃO
As técnicas de composição, em número ilimiiado, nascem dos arranjos possíveis dessas células dramáticas, tudo dependendo da imaginação e do talento do romancista. Não há um esquema rígido nem prévio: cada caso é Um caso à parte, único, diferente dos outros, de acordo com a substância da obra; cada romance formula as próprias convenções e leis, sempre, é claro, atendendo às exigências que fazem dele um romance e não um conto ou novela.

Planos Narrativos
Independentemente das possíveis classificações (linear ou progressivo, vertical ou analítico, monofônico,polifônico, etc.), em todo romance se descortinam os seguintes planos: o extrínseco, o formal, e o intrínseco. 
Parece desnecessário salientar que se trata de uma divisão operatória, visto se confundirem, se fundirem num só. A rigor, seriam as faces de um mesmo objeto, uma, que se vê, outra, que se intui ou transparece na primeira. Tanto como no binômio fundo-forma (que erroneamente poderia ser identificado com os planos narrativos), a distinção visa a organizar a invasão do texto por parte do leitor, partindo dos aspectos mais próximos,e xternos, para os mais recuados ou profundos einternos. Sendo ponto pacifico que os planos se imbricam, só podemos distinguilos em certos casos, uma vez que nos outros, a flutuação do limite entre ambos impede as distinções rigorosas.
O plano extrínseco conesponde às relações da obra com o contexto social, a biografia do escritor, a história literária, etc., sempre que a narrativa as motiva ou justifica, enquanto o plano formal diz respeito à linguagem, o diálogo, a descrição, a narração, a dissertação, a técnica da estruturação dos capítulos, da caracterização das personagens, etc.
O plano intrínseco constitui-se dos aspectos que se manifestam ou se camuflam nos ingredientes extrinsecos e formais: os temas implícitos no romance, os motivos condutores, a cosmovisão impressa na obra, os problemas psicológicos, filosóficos, a ideologia, etc. Em suma: idéias, temas e problemas. Apontando as camadas interiores do texto, levantam questões, cujas respostas também devem sugerir: que pretende o autor dizer com tal ou qual passagem? que significação tem o convívio entre as personagens? como o romancista vê o mundo? pessimista? trágico? por quê? as personagens evoluem para onde e por quê? como interpretar o absurdo como dimensão psicológica ou filosófica do romance? etc., enfim, indagações tanto mais nmnerosas quanto mais polimórfica a obra, e mais arguto e culto o leitor. 

GRÁFICO DO ROMANCE
Reduzindo as observações precedentes a um gráfico, imprescindível ao entendimento da estrutura do romance, temos o seguinte:
  • pluralidade e simultaneidade dramática
  • número ilimitado de personagms
  • liberdade de tempo e espaço
  • diálogo
presentes, e às vezes, mesclados narraçao (diálogo interior) descrição dissertação (pode estar presente)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Novela literária - Segundo Massaud Moisés em A Criação Literária

 CONTEXTO HISTÓRICO
O subgênero novela, segundo Massoud Moisés, desenvoveu-se por volta dos séculos II a. C. à III d. C. . Foi cultivada nessa época de maneira embrionária.
"O texto mais antigo data provavelmente daquela centúria: Nino e Semíramis, de autor desconhecido, de que se conhecem três fragmentos."MOISÉS.

A Novela renasceu com o Renascimento na Europa, por volta dos séculos XVI e XVII foi dos clássicos mais lidos, as novelas de cavalaria eram os tipos mais lidos, além das históricas e satiricas ou pitorescas.
Podemos Organizar as novelas do seguinte modo: 
1) Novelas de cavalaria, 
2 Novelas sentimentais e bucólicas, 
3) novelas picarescas,
4) novelas históricas, 
5) novelas policiais e de mistério.
 

"Com o D. Quixote (1605, 1615), Cervantes não só constrói a obra suprema da novela de cavalaria , como ergue a novela ao mais alto ponto atingido antes ou depois. " MOISÉS, Massoud.

A novela moderniza-se com a chegada do romantismo. " A estética romântica, com sua demofilia, transforma a novela num de seus meios prediletos de atingir os leitores." MOISÉS, Massaud. A criação literária

" No século XIX, proliferaram as infmdáveis novelas de folhetins, estampadas nos jornais e depois reunidas em volume. Algumas vezes, a garantia de acolhimento por parte do público, notadamente o feminino, fazia que os editores lançassem as novelas em livro, em vez de fragmentá-las em capítulos semanais ou quinzenais."MOISÉS, Massaud. A criação literária

"A época de esplendor da novela em Portugal, o Romantismo. Não pequeno número de prosadores dedicam-se a essa modalidade de narrativa: Garrett, Herculano, etc" MOISÉS, Massaud.

 
"Encarada como modo de conhecimento, a novela ilude e mistifica, por imprimir aos episódios um movimento acelerado e cheio de novidades, que não pode ser o do cotidiano.[...] A novela contempla, não indaga, finge, não questiona, fantasia, não interroga." MOISÉS, Massaud.

"Não significa que todo romancista seja superior a todo novelista, mas que o nível atingido pelo mais talentoso dos romancistas é sempre superior ao equivalente em matéria de novela."

ESTRUTURA DA NOVELA
AÇÃO:
"À semelhança do capítulo referente ao conto, iniciemos pela ação. Do confronto das narrativas mencionadas no item destinado ao histórico da novela depreende-se que é essencialmente multívoca, polivalente: constitui-se de uma série de unidades ou células dramáticas. De onde se segue que a primeira característica estrutural da novela é sua pluralidade dramática: ao invés do conto, que gira em torno de um conflito, a novela focaliza vários. E cada um deles apresenta começo, meio e fim."
A novela segundo MOISÉS é formada por um conjunto de contos em uma determinada ordem. " As células dramáticas organizam-se numa ordem sequencial, uma após outra, em rosário." MOISÉS, Massoud.

"O novelista não esgota por completo o conteúdo de uma unidade para depois efetuar o mesmo com as seguintes: no fim de cada episódio, procura deixar sementes de mistério ou conflito para manter aceso o interesse do leitor. É raro que esvazie o recheio dramático duma célula antes de prosseguir, pois frustraria a curiosidade do leitor." IDEM.
" Em suma multiplicidade dramática, numa corrente horizontal. Por isso, o número de páginas pode crescer à vontade: a pluralidade pressupõe uma estrutura aberta, de modo que novos episódios possam adicionar-se numa cadeia sucessiva, assim como o fim provisório da narrativa implica a multivocidade ." IDEM.
TEMPO:
"A estrutura linear e plural da novela lhe impõe limitações: não lhe interessando, ou não podendo, em razão da economia interna, seguir os passos das personagens desde o nascimento, surpreende-as no momento em que estão maduras para agir. De onde reduzir-lhes o passado a umas poucas linhas, àquilo que colabora para esclarecer-lhes o modo de ser e diz respeito ao fulcro da narrativa. Quanto ao futuro, pertence ao imponderável, à lei do acaso, que pode conduzir à morte, ao exílio, ou a formas equivalentes de sair de cena" IDEM
"O tempo da novela é o histórico, assinalado pelo relógio ou pelo calendário, ou pelas convenções sociais. O presente é categoria dominante, em que pese às referências sumárias ao pretérito. Tudo se passa como se os dias, as semanas, os meses e os anos, de efêmera importância, significassem muito. A ação desenrola-se por inteiro no presente, aqui e agora: condensado o pretérito em breves anotações " MOISÉS, Massaud.


ESPAÇO:
" A noção de espaço, inextricavelmente ligada à de tempo, acompanha-lhe de perto o desenvolvimento dentro da novela. Como esta se organiza em torno de episódios sucessivos, cria-se um dinamismo acelerado semelhante à pressa no cinema mudoTais características implicam a ausência de unidade espacial. Aborrecendo ficar num único lugar, as personagens buscam, no deslocamento físico, dar fim à angústia, ou atender ao gosto pela aventura. A pluralidade do espaço é, pois, marca distintiva, ainda que a ação se realize numa só cidade" IDEM.
"À semelhança do conto, a estrutura da novela caracteriza-se por ser plástica, concreta, horizontal. Assumindo as mais das vezes a perspectiva da terceira pessoa, o autor se coloca fora dos acontecimentos, ou concede a uma personagem a direção da narrativa.A vida imaginária sobrepõe-se à vida observada: o novelista concentra-se em multiplicar os expedientes narrativos, formulando sucessivas células dramáticas, sem atentar para os imperativos da verossimilhança.O enredo, além de visível, não esconde nada, não dissimula profundidades dramáticas ou psicológicas: com o predomínio da ação, tudo o mais se torna menos significativo." MOISÉS, Massoud.

"A linguagem da novela caracteriza-se, antes de tudo, pela simplicidade: a metáfora, quando presente, há de ser despojada, de imediata apreensão. O narrador se esmera em dirigir-se ao leitor dum modo direto, sem retoricismos, ou com o mínimo de sofisticação: entre a chamada linguagem figurada e a linguagem própria, decide-se pela segunda." IDEM.

"Os recursos expressivos (diálogo, narração, descrição, dissertação) acompanham a metamorfose decorrente das circunstâncias internas da novela. Odiálogo, não obstante o alargamento da perspectiva horizontal e a pluralidade dramática, predomina, mas sem o relevo que ostenta no conto." MOISÉS, Massaud.

"Quanto às personagens, o panorama muda de figura em relação ao conto. Em decorrência da multiplicidade dramática, a população da novela não conhece limite, salvo o imposto pela própria extensão do entrecho. Os protagonistas centrais tornam-se numerosos, e as personagens secundárias aparecem com freqüência: em razão do entrelaçamento de dramas, o ficcionista engendra numerosos coadjuvantes, cuja ação, momentânea e ocasional, pode não ter conseqüência futura."IDEM.


"Em suma: as personagens da novela são planas, ou bidimensionais, carentes de profundidade, estáticas e definidas.17 E podem ser substituídas sem comprometer a obra, uma vez que ao novelista interessam menos do que a ação: agentes da ação, instrumentos de peripécias, não estabelecem com elas nexos de causalidade ou necessidade."MOISÉS, Massaud.

 
"O ritmo da novela é acelerado, precipitado, decorrente do fato de basear-se mais na ação do que nos caracteres. Essa predominância da ação resulta de que o leitor deseja resposta à sua insaciável pergunta: e depois? e depois? Pouco interessado na sondagem psicológica, busca o inebriamento resultante de peripécias sem conta, submetidas a um galope frenético. Visto que o tempo da ação acompanha os ponteiros do relógio, o problema dos novelistas reside no modo como entrelaçar as células dramáticas, de acordo com um andamento que se deseja avassalador e subordinado à cronologia histórica e espacial. Para consegui-lo, têm à mão os seguintes recursos:
1) As personagens centrais permanecem ao longo das unidades dramáticas, aglutinando-as e servindo de elemento catalisador para as peripécias que nelas se desencadeiam.
2) Os protagonistas centrais vão sendo substituídos a cada episódio, em progressão: a passagem de uma célula para outra dá-se pelo acaso ou pela morte do herói, e a conseqüente substituição por um seu herdeiro ou figurante próximo. 
3) A substituição se opera graças a um nexo de parentesco entre as personagens, de modo que a substituta fosse secundária no episódio anterior: filho do protagonista, ou agregado, ou mordomo, etc.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Redação - Estrutura.

Pessoal, 
  • Maio estudamos gramática; 
  • Junho estudamos literatura;
  • E agora em julho estudaremos produção de textos.
A prova de redação  de vocês será sexta, dia 01 / 07 / 2011. O tema é bem interessante.

A Estrutura de um texto dissertativo, a redação, é bem clara:
  • Introdução;
  • Desenvolvimento;
  • Conclusão.
A Introdução  é o primeiro parágrafo da redação, e deve conter de, no mínimo 3 e no máximo 5 linhas, é nesse momento de seu texto em que o tema deve ser apresentado. Você esclarece ao leitor o que será falado no decorrer do texto. É na Introdução, também, que você delimita o tema: do tema proposto você escolherá um assunto o qual será discutido no texto.

O Desenvolvimento é o corpo do texto, é a sua dissertação, propriamente dita. É aqui onde você irá comentar o assunto escolhido sobre o tema (a delimitação). No desenvolvimento deve ser apresentado seu ponto de vista ou uma possível solução para determinado problema (caso o assunto seja um problema).

De acordo com a quantidade de assuntos que você escolheu para tratar do tema, será a quantidade de parágrafos no seu desenvolvimento; ou seja, Cada assunto escolhido ganha um parágrafo para ser abordado. Cada parágrafo do desenvolvimento deve conter de no mínimo 4 linhas e no máximo 8 linhas.

A conclusão é o ultimo parágrafo da redação, e deve conter de, no mínimo 3 e no máximo 5 linhas, ela vem para encerrar o texto, você fala, abrangentemente, sobre o tema, e depois reapresenta suas opiniões ou soluções para o problema, se for o caso.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Célula dramática

No romance temos células dramáticas simultâneas, várias história se entrelaçam para contar uma.

Na novela temos uma sucessão de histórias, com os mesmos personagens porém em espaços, tempo e ação diferentes.

No conto, na crônica e na Fábula, nós temos apenas uma única história, com uma quantidade pequena de personagens, um só espaço, um só tempo e uma só ação.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Avaliação Global de Língua Portuguesa 01/07/2011

Pessoal, o conteúdo da avaliação será os gêneros literários, antigos e novos, conteúdo esse que está sendo trabalhado por vocês nos seminários.
O conteúdo especificamente será:
  • Contexto histórico dos gêneros;
  • Estrutura dos gêneros;
  • Características do gênero;
  • Gênero para uma interpretação;
  • Trabalhar a rima de poemas.

  1. Cada um desses tópicos será abordado com os diferentes tipos de gêneros.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

AS DIFERENÇAS ENTRE O CÉREBRO FEMININO E O CÉREBRO MASCULINO

ORGULHO DOS PAIS


Quatro amigos encontraram-se em uma festa, após 30 anos sem se verem.
Alguns drinks aqui, bate papo de lá e de cá e um deles resolve ir ao banheiro.
Os que ficaram começam a falar sobre os filhos. O primeiro diz:
- Meu filho é meu orgulho. Ele começou a trabalhar como office-boy em uma empresa, estudou, se formou em administração, foi promovido a gerente da empresa, e hoje ele é o presidente. Ele ficou tão rico, tão rico, que no aniversário de um amigo, ele deu uma Mercedes nova para ele.O outro disse: - Nossa, que beleza! Mas o meu filho também é um grande orgulho para mim. Ele começou trabalhando como entregador de passagens. Estudou e formou-se piloto. Foi trabalhar em uma grande empresa aérea. Resolveu entrar de sociedade na empresa, e hoje ele é o dono. Ele ficou tão rico, que no aniversário do seu amigo ele deu um avião 737 de presente para ele.
O terceiro falou: - Nossa, parabéns!! Mas o meu filho também ficoumuito rico. Ele estudou formou-se em engenharia. Abriu uma construtora e deu tão certo que ele ficou milionário. Ele também deu um super-presente para um amigo que fez aniversário. Ele construiu uma casa de 500m2 para ele.
O amigo que havia ido até o banheiro chegou e perguntou: - Qual é o assunto?
- Estamos falando do grande orgulho que temos de nossos filhos. E o seu? que ele faz?
- Meu filho é gay, ganha a vida fazendo programa.
E os amigos disseram:
- Nossa, que decepção para você!!!
E ele respondeu:
- Que nada ele é meu orgulho, é um grande sortudo. Sabe que ele fez aniversário outro dia e ganhou uma casa com 500m2, um avião 737 e uma Mercedes zerinho de presente de três namorados......

DÚVIDAS JURÍDICAS DAS LOIRAS

            - Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito?

            - Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual?

            - Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial?

            - Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime?

            - Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?

            - Qual a capital do estado civil?

            - Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo regime parcial?

            - Tem algum direito a mulher em trabalho de parto, sem carteira assinada?

            - A gravidez da prostituta, no exercício de suas funções, caracteriza acidente de trabalho?

            - Cabe relaxamento de prisão nos casos de prisão de ventre?

            - Para que ocorra um tiro à queima roupa, é preciso que a vítima esteja vestida?

            - O filho do bispo Edir Macedo será um herdeiro universal?

            - O Superior Tribunal de Justiça tem esse nome porque fica no último andar do edifício?

            - Analogia é a ciência que estuda a vida das Anas?

            - Leis concretas são aquelas elaboradas por pedreiros?

            - Bens móveis são os fabricados em marcenarias?

            - Direito Penal é aquele que trata das relações entre aves?

            - Queimadura de terceiro grau é aquela que ocorre no curso universitário?

            - Para que ocorra uma prisão de ventre, é necessário haver flagrante?

No dia dos namorados!

Pessoal feliz dia dos namorados!!!   kkkkkkk
Uma loira está no carro com o namorado num namoro desenfreado. Beijo pra lá, beijo pra cá e às tantas...
- Não quer ir para o banco de trás? (diz ele visívelmente excitado)
- Para o banco de trás? Não.
Bom, o namoro continua, mais beijo, mais aperto, mais amasso e...
- Não quer mesmo ir para o banco de trás? (diz ele ainda com mais vontade)
- Não, não quero.
O pobre rapaz já meio desnorteado, continua no beija-beija, esfrega-esfrega até que...
- Tem certeza de que não quer ir para o banco de trás? (já desesperado) .
- Mas que coisa ! Já te disse que não! Claro que não!
- Desesperadíssimo pergunta: Mas por que?
- Porque prefiro ficar aqui, perto de você.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Arraiá É.É.É.P.ra lá de bom!!

Pessoal todos os funcionários aprovaram o nome da nossa festa, e vocês também, falta agora, apenas, a direção da escola dá o parecer final. Valeu pessoal, agora é nos prepararmos para a realização dessa festa Porreta de boa.


Mudou o nome do arraiá, seguindo o mesmo pensamento, esse novo nome, também representará bem a nossa festa.


Apresente sua sugestão.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Subgêneros da prosa de ficção

Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo.
  • Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.
  • Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

  • Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
  • Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.
  • Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.
  • Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. 
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  • Obs. Epopeia é um gênero literário antigo.

  • Epopéia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.